quinta-feira, 6 de março de 2008

Ali Kamel, este desconhecido

Uma leitora deste blog nos dá um correto puxão de orelha. Ela, na Paraíba, nunca ouviu falar do Kamel. Justíssimo. E erro nosso. Esquecemos que o sujeito só aparece em parte do Brasil, ajudado pela mídia mais do que amiga. Sem ela, ele não existe. Disse nossa leitora, Érica Santos:

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Meus queridos, gostei de muito do que li aqui, mas estou perdida para entender melhor quem é esse Ali Kamel. Aqui em João Pessoa, o único Ali que conheço é dono de um armarinho.
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Cara Érica. Nosso modesto blog começa a ser lido por muitos e gente de todos os lugares do Brasil. Estamos felizes. Mas precisamos aprender a não usar nossas ironias e incômodos de forma incompreensível:

Ali Kamel é o atual diretor de jornalismo da TV Globo. Foi repórter e depois diretor de redação do jornal O Globo, onde eventualmente ainda escreve artigos, sempre polêmicos, defendendo idéias conservadoras e justificando o injustificável. Segundo comentário de Mino Carta, ele não escreve para muitos, seu desejo é ser lido apenas por seus patrões. Neste objetivo, tentou defender a TV Globo dizendo que ela sempre apoiou o movimento das diretas, uma desavergonhada mentira. Que o jornalismo feito no Brasil é isento e de ótima qualidade. E publicou uma série de artigos, depois um livro, onde defendia que no Brasil não existe racismo.

Seus argumentos chegam a ser simplórios. Mas é sempre ajudado por uma mão amiga da mídia que faz repercussão de seus devaneios. A Kelly, minha sócia no blog, aponta as contradições de seu último artigo, onde ele critica o Bolsa Família por ter seus recursos desviados quando os beneficiários compram eletrodomésticos, e não comida. A crítica de Kamel é conflitante com as idéias do liberalismo, ideologia de seus patrões.

Obrigado pelo toque, Érica. E pedimos desculpas a todos pelo nosso esquecimento da total inexpressividade do senhor Ali Kamel.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse Kamel é um desdentado intelectual - para tanto não há reparo, mas apenas o lamento pelo equívoco disfarçado de pedantismo.