sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

À la Paulo Coelho

Bomba na internet o conto/piada Lênin desce aos infernos, de Paulo Coelho. Até hoje, sexta-feira, 29 de fevereiro, quase 100 comentários no blog do escritor. É anedota antiga, em roupagem nova, leve. Brincadeira respeitosa com o nome do grande revolucionário. Na verdade, Lênin é relatado em sua verdadeira, com perdão da má palavra, expertise. Tanto que o site Vermelho, do Partido Comunista do Brasil, republicou o texto com elogios.

Além de ter me divertido, fiquei imaginando que o tema, − alguém conhecido que chega à porta do céu e lá desenvolve uma situação dentro de sua personalidade −, poderia servir a infinitos outros textos. Tento um. Torço que outros também o façam:



Negócios na porta do céu

Dois aviões se chocam em São Paulo. “Tragédia anunciada”, “caos aéreo assassino”, “foi o Lula”, gritam os jornais espalhando crise. Enquanto isso, no guichê da entrada do céu, São Pedro está enlouquecido com o movimento:

− Por favor, entendam que não estamos preparados para este fluxo anormal de novas almas. Além de tudo, estamos fazendo algumas reformas na casa, conseqüência da perda de market share para o inferno. Equipes estão afastadas para treinamento sobre maximização de lucros e economia de escala. Hoje só temos mais uma vaga, atenderemos o restante apenas no expediente de amanhã!

Tumulto. Todos gritam ao mesmo tempo. Exigem solução imediata. Acusam a Anac, o Jobim, o Lula, Jesus e Deus. Quando falam o nome do patrão, São Pedro fica uma fera. Já estava com a mão no telefone para chamar a santa porrada de São Jorge quando a voz macia de alguém o detém:

− Santíssimo Pedro, meu cartão. Sou Daniel Dantas, empresário. Faço bons negócios. Posso resolver o seu problema em meia hora. Em troca, quero a única vaga de hoje e a garantia de entrada no céu sem audiência para avaliação de culpas.

São Pedro o olha incrédulo, cofia a barba desconfiado. Sem alternativa, relaxa e concorda:

− Fechado. Vou ao escritório central e já volto.

No retorno, surpresa. A multidão estava calma, totalmente apática. Apenas no fundo, um pequeno grupo continha um velhinho que berrava e esperneava. Na porta, Daniel Dantas, com sua bagagem, calmamente contava um enorme maço de dinheiro.

− Meu filho, isso é um milagre. Bem que chamas Daniel, nome de santo, de profeta. Entre, a casa é sua, diz o santo guardião.

Dantas já estava do outro lado, São Pedro, curioso, vira-se e pergunta:

− Santo Daniel, como fizestes?

− Fácil. Vendi a rifa do meu lugar no céu.

− E quem são aqueles, os únicos nervosos na multidão?

− Apostadores que bem paguei para conterem o pé-frio do Fernando Henrique Cardoso. Foi ele que ganhou.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Nossos geniais escrevinhadores

Confesso um enorme prazer quando me deparo com a “genialidade” de alguns analistas que a mídia nos impõe. Fábio Giambiagi é nome do último que me deleita. Nem sabia que tal gênio existisse por aqui, mas um comentário do Luiz Nassif iluminou minha ignorância sobre a existência deste economista, que é lido pelas nossas elites liberais, que o levam à sério, pasmem! Entendam:

"
Creio, honestamente, que a maioria dos brasileiros não deseja viver em um país comunista, onde todos tenham a mesma remuneração. A idéia de que o Brasil é um país capitalista, onde alguma desigualdade é natural, por expressar diferenças que de fato existem entre os atributos individuais, é, se eu não estiver errado nas minhas percepções, claramente majoritária no país. Ao mesmo tempo, não há dúvidas de que a desigualdade excessiva é vista como negativa pela grande maioria da população, que preferiria viver em um país menos desigual. Que tal, então, pensar no sistema de aposentadoria como uma esfera em que, no "terceiro tempo" das nossas vidas, iremos viver em um Brasil mais igualitário, onde a distância entre quem ganha mais e quem ganha menos continuará existindo, mas será limitada a um múltiplo razoável?
"

Matutei um tempo para analisar o que seria melhor, se os argumentos ou a conclusão, mas certamente pensar em justiça social quando no “terceiro tempo” todos estarão na mesma eme é coisa para poucos iluminados.

Liberdade e asilo para Cesare Battisti



Desde o dia 18 de março de 2007 está preso no Brasil Cesare Battisti, ex-militante do grupo de esquerda italiano Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), resultado de uma operação da Polícia Federal junto com a Interpol, seguindo pedido de extradição do governo italiano, que o acusa de vários crimes na Itália, nos anos 70.

As acusações italianas contêm várias inconsistências. Parte delas estão baseadas apenas no depoimento de um ex-militante arrependido, que o acusa de assassinatos diretos ou por seu mando.

Vários intelectuais, como o filósofo francês Bernard Henry-Lévy, intercederam pedindo sua liberdade. É tarefa de todo cidadão de esquerda ou democrata estar consciente do caso para pedir ao governo brasileiro que faça pressão junto ao STF pela liberdade e asilo político de Battisti.

O Brasil assinou uma lei de anistia política em 1979, com perdão e esquecimento, mesmo que em 1981 tenha acontecido o atentado do Riocentro, onde setores do Exército estiveram claramente envolvidos no crime e até hoje nunca tenham sido punidos. O mesmo princípio deve ser usado neste caso, onde está claro que os fatos que o envolvem estão relacionados a um momento histórico de grande acirramento. Nossa constituição impede a extradição por motivos políticos. Motivo jurídico que impediu a extradição dos também italianos Luciano Pessina, em 1996 e Pietro Mancini, em 2005, os dois presos no Rio.

É tarefa apoiar o Comitê de Solidariedade a Cesare Battisti:

http://cesare.revolt.org

Aqui, para votar no abaixo assinado de solidariedade a Cesare Battisti.

PS: E o Salvatore Cacciola que o governo italiano não quis extraditar para o Brasil?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Os motivos da briga

Vale a pena acompanhar a disputa pelo comando da Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação da Câmara. Ontem, Arlindo Chinaglia e o líder do PSDB, José Aníbal, quase saíram no tapa. Os jornais cobriram, relataram cada palavra, os argumentos de cada lado, que falavam sobre proporcionalidade, antigos acordos, como o da vaga ser do PSDB pelo conchavo da eleição de Chinaglia, dito por Anibal, e coisas do tipo.

Só não publicaram um detalhe, pequeno, que esclareceria melhor os leitores sobre o assunto: este ano vencem as concessões da TV Globo, Bandeirantes, Record e SBT. Este é o motivo da acirrada disputa. O cargo ali vale ouro em ano eleitoral.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Carta a Diogo Mainardi



Caro senhor Mainardi, não o leio. Tão pouco sua revista que há muito percebi nada ter a dizer, pois se transformou em um veículo totalmente parcial, propaganda descarada das idéias mais conservadoras, que usa a mentira como sua principal ferramenta. Mas, aqui venho confessar que li as suas duas últimas colunas, e explico os motivos. Na penúltima, desejava entender seus argumentos sobre o tal dossiê italiano, que sua notória empáfia alardeava como definitivo para provar o envolvimento de governo e parlamentares com negociatas da Telecom Italia. No documento, nada vi. Mas na internet, ao longo de toda a semana, uma fartura de análises e as excelentes reportagens de Luiz Nassif aguçaram minha curiosidade por uma resposta sua.Imaginei que ela viesse em sua coluna seguinte, mas nada. Sobre o assunto, as críticas de que o documento foi montado no Brasil (ao contrário de suas afirmações), o fato de que ali nada provava de seus argumentos, a continuada argumentação sobre os seus interesses escusos com Daniel Dantas, tudo ficou sem resposta. Mas, o pior: o conteúdo deste texto contém manifestação clara de racismo, desmedido ódio ao povo brasileiro e hipocrisia histórica.

Todo seu trabalho nesta semana foi escrever 512 palavras para desabafar sua contrariedade em encontrar na saída de seu almoço os participantes de um show de axé na Praia de Copacabana. Para tal, faz um rebuscado e oblíquo raciocínio que o leva a comparar nosso povo ao sentimento que o escritor Elias Canetti teve ao se deparar com a massa que incendiou o Palácio da Justiça em Viena, em 15 de julho de 1927. Mais, faz uma intriga ao crer que ali, como aqui, há algo assemelhado, afirmando que o escritor viu um prenúncio do nazismo. Seu equívoco é grande. Creio que não tenha de fato lido Canetti. Se o fez, não o entendeu. Vamos a um trecho do livro “Massa e poder”, onde o escritor búlgaro faz uma reflexão sobre a massa:


Somente na massa é possível ao homem libertar-se do temor do contato. Tem-se aí a única situação na qual esse temor transforma-se no seu oposto. E é da massa densa que se precisa para tanto, aquela na qual um corpo comprime-se contra o outro, densa inclusive em sua constituição psíquica, de modo que não atentamos para quem é que nos "comprime". Tão logo nos entregamos à massa não tememos o seu contato. Na massa ideal, todos são iguais. Nenhuma diversidade conta, nem mesmo a dos sexos. Quem quer que nos comprima é igual a nós. Sentimo-la como sentimos a nós mesmos. Subitamente, tudo se passa então como que no interior de um único corpo. Talvez essa seja uma das razões pelas quais a massa busca concentrar-se de maneira tão densa: ela deseja libertar-se tão completamente quanto possível do temor individual do contato. Quanto mais energicamente os homens se apertarem uns contra os outros, tanto mais seguros eles se sentirão de não se temerem mutuamente.


Fica claro que o temor é todo seu, não de Canetti. Mais. É cínica e mentirosa sua alusão ao episódio como prenúncio do nazismo. Em um bom curso de história, se feito, ensina-se que a Áustria vivia no período uma profunda crise econômica, com massas de trabalhadores nas ruas, em greve, exigindo seus direitos e mudanças no corrupto governo. Foi em uma greve de trabalhadores naquele ano que alguns foram mortos por militantes fascistas, caso levado ao tribunal que os absolveu, gerando fortes protestos. No dia 7 de julho, mais 140 trabalhadores foram mortos na rua pela polícia, um massacre. Fato que explica o ódio das massas que a levou a incendiar o Palácio da Justiça uma semana depois.

Já o seu ódio pelas massas está claro no seguinte trecho:


Para mim, a massa bestializada que foi assistir ao espetáculo de Claudia Leitte em Copacabana, formada por uma gente embriagada, barulhenta, porca, feia e de pernas curtas, provou apenas que eu preciso sair menos de casa.


Lembro que uma das características do nazismo é ser uma visão racista, que os levam inevitavelmente a práticas como a eugenia. Seria seu desejo o de esticar as pernas dos brasileiros? Mais uma lembrança para finalizar: o que tem pernas curtas é a mentira. O senhor, que ganha a vida como conservador profissional, deveria ser mais atento com a inteligência de seus leitores. Não demora e estarão percebendo a grande fraude que é o seu pensamento.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A culpa é de Fidel

Vou sugerir ao Mino Carta um voto no neocon Demétrio Magnoli em seu concorrido prêmio de Tartufo Nativo. É neocon novato, mas trabalha duro para merecer a glória de ser agraciado por sua hipocrisia intelectual. Autor de livros didáticos do ensino médio, é nova aposta da mídia carente de um Gustavo Corção. No recente caderno sobre Fidel, no Globo, publicou artigo onde defende que Cuba era uma nação em franco progresso quando um grupo de barbudinhos a assaltou, impedindo que chegasse a ser país com desenvolvimento de primeiro mundo. Para tal, apresenta números para sustentar que o índice de mortalidade infantil de Cuba em 1957 era o mais baixo de América Latina, e o 13º menor no mundo, posição perdida hoje. Apenas falta algo importante para um doutor em geografia: apresentar fonte, nada por ele foi citado. Basta uma consulta nos abundantes dados do relatório 2008 da Unicef para um outro olhar sobre a tese do “professor”. Charlatanice não muito diferente de seu mentor, Ali Kamel, que publicou artigo para dizer que a TV Globo sempre esteve favorável às diretas.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Promoção de bichos de pelúcia


d´O Globo. Tem que ter o Tucaninho! É a cara daquele jornal!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Jornalismo de resultados


Nicolaes BERCHEM, Merchant Receiving a Moor in the Harbour, Oil on canvas transferred from oak, 94 x 98,5 cm, Gemäldegalerie, Dresden

Don´t bother me!

Estava passando batido pela comemoração da vitória em Berlim do “Tropa de elite” e a retomada da polêmica em torno do filme. Mas, hoje, quando li a crítica do The Guardian desancando o prêmio, dizendo que o filme é fascista, o argumento é infeliz, os diálogos são fracos, repletos de clichês, fiquei incomodado. Como assim? Fui relar o que aqui escrevi antes da mídia publicar uma única linha de análise, até então apenas visto em cópias piratas, e continuo com a mesma visão. O filme é parcial como análise daquela realidade, restrito a uma visão policial, hipócrita, que mente sobre a existência de um Bope incorruptível. Mas, onde a coisa hoje me incomodou, ele é melhor que muita baboseira da produção internacional. Como que vem um inglesinho mauricinho falar de que a nossa classe média não conhece a favela, nunca lá pôs os pés, não tem como falar sobre o assunto. Que papo é esse? Deseja que temos que acompanhá-los em suas visitas guiadas e protegidas, todos de mãozinhas dadas pelas vielas para poderem registrar o nosso exotismo?

Estava com essa sensação quando leio o Alon Feuerwerker que coloca um ponto interessante:

No Brasil, infelizmente, muita energia foi desperdiçada na polêmica inútil sobre o suposto viés ideológico da obra. Até hoje os atores e o diretor sentem-se na obrigação de "explicar" o que o filme "quis dizer". Que importância tem isso? Nenhuma. Se se fizer um balanço de todas as críticas dirigidas ao filme, ele não foi acusado em nenhum momento de deficiência estética ou técnica. Nem foi dito que retrata uma realidade inexistente. Tropa de Elite é mais uma prova da superioridade do realismo sobre escolas artísticas de inspiração subjetivista e abstrata. Tropa de Elite é o nosso Resgate do Soldado Ryan.

Interessante. Nem compactuo com o restante do texto e o entusiasmo do jornalista, que vai mais longe, exagerando em que o filme é um “ Vidas secas” do Brasil urbano e coisas do tipo. Gostei da comparação com Spielberg. De fato, o que faz um soldado americano ser mais factível que o Capitão Nascimento? Mais humano? Quer maior hipocrisia ou clichê imaginar a situação do enredo em que um soldado alemão é poupado? Vocês acreditam nisso? O exército americano não começou agora no Iraque seu barbarismo, seu aprendizado de tortura. Foram séculos de experiência. Trucidaram populações indefesas nas Filipinas, verdadeiro holocausto patrocinado pelos seus primeiros interesses geopolíticos no Oriente. Mark Twain que o diga. E não pararam aí. A lista é grande, e chega aos nossos dias, quase sem interrupção. Quando filmam, o fazem como sofridos homens vítimas da história, que deram o sangue pela “liberdade” do ocidente. Baboseira. Quando filmarão a verdade histórica de que pouco os americanos fizeram na Europa, comparados ao que a União Soviética sofreu com seus exércitos, seu povo? Seu interesse era o Japão e cercanias, para onde seu capitalismo desejava ampliar-se. Liberdade? Conta outra.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Popularidade do Governo Lula

O que mais me espanta é o espanto da mídia. Decididamente os caras ficam contrariados quando percebem, que por mais campanha que façam, por mais sistemática e baixa que esta campanha seja, ela simplesmente não cola.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

E naquele restaurante corporativo em Pinheiros


Cornelis Anthonisz, O banquete de membros da guarda de arqueiros civis, 1533, óleo sobre tela, 130 x 206,5 cm, Museu Histórico de Amsterdã.

“Ah, mas...”

Volto hoje ao blog depois de prolongadas férias. Afinal, nesta semana o ano finalmente começou. Confesso: minha irascível alma pouco se indignou com a mídia ao largo destas parcas semanas. Menos pelo empenho em sua marcha udenista, que tentou manter-se animadinha, mais por minha falta de tesão pelas agendas previsíveis da canalha. Volto hoje lendo os blogs, curioso pela repercussão da série de Luiz Nassif sobre a Veja e seus mercenários, enquanto os jornalões perdem o gás para manter a pauta dos cartões corporativos, depois do bate-cabeça da própria oposição republiquete, apanhada na cartonagem de Serra e FH, e obviamente nada falam sobre as vísceras expostas daquela redação de coleguinhas no bairro de Pinheiros, em São Paulo.

Antes de análise do mérito do desnudamento da corja feito pelo Nassif, algo outro chamou minha atenção nos blogs, o que talvez denote um modismo, uma involução mudernete das novas gerações. Dos blogueiros aos trocentos comentários, sempre há algo como “A Veja é escrota. Ah, mas Nassif...”. E desandam em pontuar questões nem sempre claras, mas que denotam uma possível sensatez política. Muita cautela, sempre fortes reservas. A verdade, segundo eles, é sempre um cadinho de opiniões, muitas vezes divergentes. Apontam sempre o perigo do maniqueísmo, algo ignóbil e démodé. O caminho ajuizado é o da ponderação. Fazem destes critérios profissão de fé. Contraditoriamente, nas quatro paredes, na mesa de bar, nas comunidades do Orkut, impera o ódio deslavado. Há quem odeie os que usam sapatos caramelos, gente mole, cozinheiro do Spoletto, e topam qualquer encrenca pela torcida de seu time de futebol, escola de samba, mané ou cachorra do BBB. Sensatez aqui é mais embaixo.

Não há nada concreto que desabone Luiz Nassif. Muito ao contrário. Recentemente, o jornalista Leonardo Attuch, notoriamente funcionário de Daniel Dantas, publicou artigo no Comunique-se atacando Nassif e sua série, onde foi citado. Afirmou que a demissão do jornalista da Folha foi motivada pelos seus interesses empresariais, na agência Dinheiro Vivo, o que o incompatibilizava com uma coluna sobre economia. Mais disse ou insinuou sobre interesses de Nassif com fundos de pensão o que o motivava a atacar a Veja e seus acordos com seu queridíssimo patrão, Daniel Dantas. Nassif deu resposta clara e contundente, vale a leitura e a reflexão.

Trocando em miúdos, quero dizer que na política, até ouso dizer que mais do que no futebol, os campos, as camisas, são mais opostos e divergentes. A Veja representa o jornalismo mais sórdido a serviço dos interesses reacionários das oligarquias. Nassif representa a única voz de competência a denunciar esta canalhice. Isto é mais emocionante e mais claramente antagônico que um Fla-Flu.

Ps: deixando de lado a sensatez e a prudência, tenho a declarar que também odeio o cozinheiro do Spoletto.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

CPI dos Jabás!

Quero lançar uma campanha a favor da CPI dos Jabás.
Relacionando os presentinhos dos mais pequenininhos até os impublicáveis às matérias favoráveis aos "presenteadores" nos jornais do dia seguinte. Não sobraria um, hein?
O que a Veja faz não é sua prática exclusiva... jornalismo de venda de notas e feito com releases recebidos por email, com zero de apuração.
O clima das *grandes redações*, centradas em si mesmas, e com uma relação mais que promíscua com as assessorias me leva a crer que em pouco tempo o Nassif só vai fazer post sobre a decadência do nosso "jornalismo"...