Presencio uma discussão sobre os últimos dados de aumento de renda. Pois é. Os dados melhoraram, sob todos os aspectos.
Mas críticas não faltam.
Desde os jornais (ooooh, claaaaro), que buscam aqui e ali informações para desqualificar os últimos anos do governo (é, a renda subiu, a desigualdade diminuiu, mas aqui e ali esta ainda está medonha!)
Dados econômicos, sob a chancela do ibge, ipea ou fgv têm muita credibilidade. Os do Dieese a rapeize nem vê mais, mas bora para a PNAD, que os leitores já conhecem.
Resumindo a ópera do que presenciei:
ouço a seguinte frase: olha só, tem trabalhador do canavial que prefere não trabalhar, colocar filho na escola e ficar recebendo bolsa-família! Oh. o horror, o horror.
Uma pessoa pontua: mas veja bem, isso pode pressionar os usineiros a não pagar a miséria que eles pagam por um trabalho quase escravo, não? E ainda veja só, é negócio pro cara e pro país, que vê os meninos dele estudando...
O outro: aaah, bando de vagabundo. Querem moleza.
A tal pessoa: mas essa pressão pode melhorar o índice da distribuição de renda, já que o usineiro, para ter cortadores de cana, terá que oferecer mais do que oferece para manter aquele lucro fabuloso...
O outro: mas veja bem... minha empregada, quando pedi para ela trabalhar domingo, não aceitou.
Acho que não preciso falar mais nada.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
O canavial e a cana
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