quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Imagens para pensar




Hoje, em frente ao consulado de Israel em Los Angeles, partidários de Israel e dos palestinos se enfrentaram na propaganda. Acima, foto de Jewel Samad/AFP, um não ao terrorismo de Israel. Abaixo, do mesmo fotógrafo, partidários de Israel com slogans como “Há razão para os terroristas usarem máscaras. Eles usam crianças como escudos humanos.” Quer dizer, é uma confissão: estão destruindo os escudos. Se isso fosse realmente verdade...


Os temíveis foguetes palestinos, hoje dois foram vistos e fotografados. Foto de Dan Balilty/AP


Quando caem fazem isso, estragam a caixa d’água de alguém, como na cidade israelense de Ashdod, em 3 de janeiro último. Foto de Sebastian Scheiner/AP.


Vejam melhor para entender o “grande” estrago.


Quando Israel ataca com mísseis o estrago é um pouco maior. Este caiu em 31 de dezembro último no campo de refugiados de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito. Foto de Eyad Baba/AP.


Esta imagem ajuda a entender um tanto de quanto o sionismo é algo imposto de fora para dentro. Judeus ortodoxos do movimento anti-sionista Neturei Karta fizeram passeata hoje em Jerusalém contra o terrorismo de Israel. Foto de Yoav Lemmer/AFP.

4 comentários:

Anônimo disse...

eqto alguns judeus manifestam pela paz e harmonia entre as etinias, outra parte, a política, dinheirista, armamentista, apoiada pelos E.E.U.U. continua a massacrar um povo inteiro. Dai me pergunto: em detrimento de que essa gente briga tanto?
Tem horas que acho que Hitler não estava de todo errado querendo eliminar a etnia judia da face da terra. Olhem o que eles estão fazendo agora com a etinia palestina.
É...um dos pecados capitais da humanidade, na qual os judeus não acreditam, é a intolerância, que nos leva a cometer atrocidades sem nenhum pudor ou ressentimento.
Que pena que o mundo tenha que viver isso, ver todo esse holocausto se repetindo, porem de lado contrário agora.

Anônimo disse...

Caro Elmo
Não sei sua procedência e nem quero saber.
Seu comentário surtiu em mim repugnância a vossa pessoa, sabe porque? Porque seu hipócrito pensamento, analisado por si mesmo de talvez sábio, não está, senão, cometendo a mesma atrocidade em desejar a extinção do povo judeu.
Existem crianças judias, idosos judeus. Você deveria estar questionando as brigas e não postar o desejo de hitler acabar com o povo judeu. E sim...judeus e palestinos entrarem em PAZ.
Você me parece uma pessoa que ataca, agride, critica pessoas, sem olhar suas proprias atitudes.
CRESÇA MEU FILHO.

GILSON NOMAR
JUDEU
HOMEM QUE LUTA PELA PAZ ENTRE OS POVOS

Jurandir Paulo disse...

Elmo e Gilson,

Repudio totalmente qualquer atitude racista contra o povo judeu. Nada do que acontece hoje na política genocída de Israel se deve a características de seu povo. Este povo já alimentou nossa humanidade de grandes homens, pensadores, libertários. A luta que devemos travar é contra o imperialismo que usa o anacrônico e bárbaro sionismo como ferramenta para a divisão do povo árabe, tendo em vista seus interesses econômicos.

Anônimo disse...

Uma criança cheia de luz, jamais verá a luz novamente
Sameh A. Habeeb escrevendo da Faixa de Gaza ocupada, Live from Palestine, 20 janeiro 2009


Louay Sobeh com oito anos de idade, perdeu a visão atingido por bombas israelenses. (Sameh A. Habeeb)

Como jornalista em Gaza, que se sente arrasado por ver o holocausto que o exército israelense está cometendo contra nós, não sei mais o que fazer. A lista de crimes horrendos cometidos pelo exército israelense contra civis palestinos é interminável e os crimes são inumeráveis.
Será que eu deveria escrever sobre as 45 pessoas que foram evacuadas e massacradas em seu refúgio na escola de Al Fakhoura, administrada pela ONU? Será que eu devo escrever pelo crime mais horrível ainda que foi quando a Cruz Vermelha achou quatro crianças morrendo de fome, tendo passado quatro dias com os corpos assassinados de suas mães e de outros parentes, nas ruínas de uma casa em al-Zeitoun?
Será que eu devo falar dos assassinatos em massa da família al-Dayaa (todos civis, claro) quando os 15 membros foram trucidados por uma bomba jogada em sua casa?
E o crime sádico quando o pai da família al-Samuni (também um civil) foi executado na frente de sua esposa e filhos? Ou a carnificina cometida contra o resto da família al-Samuni, quando 29 membros estavam todos em uma casa que foi bombardeada e que desabou sobre todos eles, matando a todos sem exceção? Eram todos civis.
Estes e tantos outros crimes foram documentados pela Anistia Internacional e por outras instituições de direitos humanos. Muitas outras histórias ainda não foram contadas. Posso contar uma história com minhas próprias palavras e com minha própria câmera – a história do garoto de oito anos, Louay Sobeh. O pequeno Louay nunca poderia imaginar o que esta maldosa guerra faria com ele ou com sua família.

Há uma semana atrás, Louay e sua família fugiram de sua casa em Beit Lahiya ao norte de Gaza. Estavam sob fogo intenso da artilharia israelense quando os militares de Israel invadiram a área no início da operação de invasão, sem qualquer explicação ou aviso. Louay começou a contar o que ele testemunhou:

"As bombas dos israelenses começaram a chover ao lado de nossa casa. Os mísseis começaram a ficar cada vez mais perto e muitas pessoas morreram. Minha casa foi atingida por obuses e por pedaços de mísseis. Aí, minha avó e minha família fugimos para Jabaliya onde nos abrigamos nas escolas da ONU. Ficamos lá três dias mas estava muito, muito frio. Quando fugimos de nossa casa, não conseguimos pegar roupas nem alimentos. Meu pai, meu irmão e outros parentes decidiram voltar à nossa casa para pegar comida e roupas. Saímos cedo, de manhã e aí, todas as pessoas ao nosso lado começaram a correr para todos os lados. Eu ouvi as explosões e senti como se estivesse voando pelo ar. E aí acordei no hospital."
O bombardeio israelense matou um dos irmãos de Louay e feriu os outros. O fato chocante é que Louay ainda não sabe que perdeu completamente a vista. Ele nunca mais poderá ver a luz novamente! Sua avó fica ao lado dele tentando fazer com que ele se sinta melhor. Ele ainda não sabe que seu irmãozinho morreu.
Antes que eu saísse de seu quarto Louay me disse , "Eu espero que você me visite de novo e nós vamos juntos fazer filmes e fotos do lugar onde nos atingiram. Também vou fazer igualzinho eu fiz quando eu voei. Mas eu preciso que você me ajude a me recuperar logo para eu poder ir logo para a escola brincar com meus amiguinhos. Não sei se eles conseguiram escapar. "
Eu fiquei muito chocado com seu talento e muito abalado com suas palavras. É uma brutalidade quando uma criança inocente como Louay se torna uma vítima sem motivo algum. Sem essa de dizer que o culpado é o Hamas ou o Fatah. Impossível raciocinar deste modo absurdo. Deve existir um modo para que Louay e todas as crianças da Palestina tenham paz e descanso, ao invés do inferno que estão vivendo, causado pelos israelenses. O que vai acontecer com a alma destes que inventaram estas armas, estas guerras e estes assassinatos e mutilações bárbaros de tantos inocentes?
Sameh A. Habeebé fotojornalista e pacifista morador de Gaza, Palestina.
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