Hoje, Diogo Mainardi comete vários erros em sua coluna, exemplo da falta de compromisso ético com o jornalismo, apenas com a propaganda de má-fé. Vamos a eles:
1) Não fez um único comentário para desculpar-se de seu engano, em coluna de 8/4/2009, que levou a mídia corporativa a segui-lo para tentar descobrir possíveis sinais de corrupção na ANP. O que ficou claro, ao longo deste período, foi que Mainardi mentiu ao afirmar ter havido uma investigação na PF sobre esquema de desvio de royalties do petróleo, que envolvia o nome de Victor Martins, diretor da agência. Nada foi constatado pela mídia, ao contrário, terminou de forma patética sua pauta, na última quarta-feira, quando o próprio Victor prestou esclarecimentos na Comissão de Minas e Energia da Câmara, acusando a manipulação. Seu nome aparece apenas em um documento, montado por arapongas da própria ANP, com recortes de jornais, relatórios duvidosos e prováveis escutas clandestinas, feitas pelos interesses de seus autores, visando o amplo mercado de dossiês, do qual Mainardi é freguês habitual. Ao longo da tentativa de se descobrir maiores informações, em seus podcasts, Mainardi não cansava de repetir o mantra de que Victor era irmão de Franklin Martins, ministro da Comunicação, seu antigo desafeto. Público e vergonhoso interesse.
2) O assunto da coluna é o Irã, já que seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad, virá ao Brasil em maio. Sugere que a nação repita o que fizeram alguns representantes de países europeus na conferência da ONU sobre racismo, que abandonaram o evento na fala do presidente iraniano, no dia 20 último. Para Mainardi, Ahmadinejad quer eliminar Israel da face da Terra. Mentira. Ele leu o discurso? Claro que não. Nossa mídia não permitiu. Sugiro que nossos leitores leiam e tirem suas próprias conclusões. A crítica ao racismo de Israel, com seu recente genocídio contra palestinos, é apenas parte do discurso, voltado principalmente para criticar a atual ordem política internacional. E se tem um assunto que os iranianos têm o que dizer é esse. Afinal, viveram intensamente a perversão do imperialismo, desde o dos ingleses até o dos americanos, em sua sanha por petróleo. O que Mainardi discorda certamente está nessas frases, ditas pelo presidente do Irã:
Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, o mundo está a atravessar mudanças rápidas e fundamentais. As relações de poder tornaram-se fracas e frágeis. Os ruídos do estalar dos pilares dos sistemas mundiais agora são audíveis. As principais estruturas políticas e econômicas estão à beira do colapso. Crises políticas e de segurança estão em ascensão. A piora da crise na economia mundial, para a qual não se vê perspectiva brilhante, demonstra uma maré ascendente de mudanças globais de extremo alcance. Enfatizei repetidamente a necessidade de alterar a direção errada em que o mundo está hoje a ser administrado e também adverti das horrendas consequências de qualquer atraso nesta responsabilidade crucial.
Agora, neste valioso evento, gostaria de anunciar a todos os líderes, pensadores, nações do mundo presentes nesta reunião e àqueles que anseiam por paz e bem-estar econômico que a injusta administração econômica do mundo está agora no fim da estrada. Este impasse era inevitável uma vez que a lógica desta administração imposta era opressiva.
3) Mainardi sugere que para evitar a presença de Ahmadinejad, todos fujam para a Argentina. Seu único nexo é por ali terem sido acusados vários iranianos pelo atentado, em 1994, a um centro judaico, e estes estarem hoje protegidos no Irã. Faltou pesquisar sobre o que já foi publicado sobre o assunto, tarefa jornalística que parece não interessar ao colunista. Se feita, a constatação imediata é que até hoje é assunto controverso, repleto de contradições e falta de provas. O Irã sempre negou responsabilidades. O acusado de ser o homem-bomba na verdade foi morto no Líbano. Um juiz foi flagrado oferecendo US$ 400 mil para um depoente. E a motivação do atentado, alegada amplamente, o fim das negociações com o Irã do urânio argentino, na verdade continuaram até o atentado. Resumindo, não há nada que sugira responsabilidade iraniana. E não venha com esse papo de medo do programa nuclear iraniano, dê uma olhada na geografia do país para entender que naquela árida terra é mais do que necessário o uso de energia nuclear para alimentar de eletricidade o país.
O colunista da Veja está longe de praticar jornalismo. O que faz é usar um espaço nobre, em revista de grande circulação, para panfletar seu neomacartismo de quinta categoria.
‘Ainda estou aqui’ dribla boicote bolsonarista
Há uma hora
8 comentários:
PAU NO CLÓVIS:
Como Melhorar Nossa Imprensa -
Blog O Brasil que dá Certo
Clóvis Rossi, do Conselho Editorial da Folha de São Paulo, critica pela quarta vez as previsões dos economistas entrevistados pela imprensa (desta vez, as previsões dos economistas do FMI), num o artigo intitulado: "Seis Chutes. Todos Errados".
O título diz tudo. Lembre-se de que a Folha foi um dos jornais que estampou manchete "PIB VAI CAIR -1,3%, DIZ FMI".
Caro Clóvis, basta incorporar ao Manual de Redação da Folha, que está aí ao seu lado, as seguinte linhas:
1. Antes de publicar uma previsão, passaremos a noticiar quantas vezes o economista entrevistado acertou ou não no passado. Exemplo: "o FMI, que errou 6 das 6 previsões, agora tem de certeza de que o PIB vai cair".
2. Nenhum jornalista da Folha poderá noticiar um CHUTE, qualquer que seja. Jornalistas socialmente responsáveis deverão analisar as planilhas Excel que foram usadas para chegar à previsão.
As premissas, que sempre existem, precisam ser questionadas -- e os leitores, alertados. Uma premissa básica, e falsa, que todos economistas entrevistados fazem, é que o governo, as empresas e seus administradores NADA FARÃO para consertar a situação.
Economistas que fazem essas previsões acham que só eles resolvem. E, como eles não foram guiados ao poder, assumem que NADA SERÁ FEITO -- o que é uma mentira.
3. Todo economista ou organismo, como o FMI, entrevistado pela Folha terá direito a uma única previsão para o ano em questão.
A partir de hoje, somente as previsões feitas no ano anterior serão publicadas, e será aquela usada para avaliar a competência do entrevistado.
4. Quem fizer CHUTES e errar 4 vezes seguidas não poderá ser entrevistado pela Folha pelos 4 anos seguintes.
Clóvis, você faz parte do Conselho Editorial. Por isso, estamos aguardando o seu próximo artigo comunicando estas mudanças, as quais, acreditamos firmemente, resolverão parte do problema apontado no seu último artigo.
fonte: http://brasil.melhores.com.br/
Boa Jurandir!
Ridículo tomar os interesses israelenses e americanos como nossos. E é verdade, Israel é anti-sionista, visto que os Palestinos, seus irmãos de sangue, são uma raça sionista também.
E A IMPRENSA CHEGA. NO AVIÃO DO DANTAS!
jornal Valor: E como a senhora avalia a reação da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) ao episódio, pedindo impeachment e intervenção no Pará?
Ana Júlia: Isso é reação dos empregados do Daniel Dantas, todos.
Valor: Da própria senadora Kátia Abreu (presidente da CNA)?
Ana Júlia: São todos empregados do senhor Daniel Dantas. Tem um poderio econômico por trás. É o caso de perguntar porque tinha tanta gente filmando na hora do conflito. Em que avião eles chegaram lá?
Valor: No dele?
Ana Júlia: Sim, claro. Toda a imprensa que estava lá tinha chegado no avião dele. Isso tudo é uma ação política de setores da oposição que, inconformados de estarmos realizando tantas ações no Estado em diversas áreas, inclusive nessa, que não foram feitas por quem hoje nos ataca, mas que esteve no poder estadual por 12 anos. Daí quando chega um grupo econômico forte fica achando que tem que ter prioridade.
Sera que esse demente do Diogo Mainardi conhece realmente a verdadeira cara dos israelenses??
Sera que ele ja leu o livro"piratas e imperadores..." do Noam Chomsky?
Os judeus amam se fingir de vitimas e a maioria dos acefalos sem critica,vao na onda deles!!!
Vai estudar a historia real SUA ANTA!!!!
Caro Jurandir,
O Mainardi, acima de tudo, é uma farsa. Ele tenta ocupar o lugar que há alguns anos atrás era do Paulo Francis. A diferença é que, apesar de ter se tornado um reacionário empedernido depois de certa idade, o Francis possuía uma cultura geral muito ampla e sabia usar de fina ironia. Coisas que nem de longe o pseudo-jornalista da "Veja" possui. Há alguns anos atrás, logo após a invasão norte-americana no Iraque, em um dos programas do "Manhatan Connection", o Mainardi - ao tentar defender a ação dos EUA - recebeu uma aula de História do Prof. Williams Gonçalves, da UERJ, que o deixou completamente desorientado. Mesmo tentando fazer as suas gracinhas habituais, ficou claro para qualquer telespectador que sua postura de "poseur" intelectual não passa de uma máscara. Literalmente, o rei ficou nu. É por estas e outras que o Mainardinho não gosta de debates públicos: ele prefere se proteger atrás de sua coluna na "Veja", que não dá nenhum espaço para a publicação de opiniões divergentes da dele (ou de qualquer um de seus colunistas). Na verdade, ele fala e escreve para o seu público, composto essencialmente, por uma classe média ultra-reacionária (e burra), que possui todos os preconceitos de classe possíveis. Afinal, como já dizia o velho Marx, a pequena burguesia é a classe onde as contradições perdem as arestas.
Um forte abraço e parabéns pelo post.
Argonauta, gostaria de achar esse vídeo. O que mais me incomoda é ele conseguir pautar a mídia em suas farsas, como agora com o Victor Martins. Um mentiroso, intelectual farsista e fascista.
CHRISTIANE TORLONI recebe advertência da TV Globo. RACISMO?
A atriz Christiane Torloni foi advertida formalmente pelo departamento de RH da Globo por ter tratado de forma discriminatória uma camareira, identificada apenas como Fátima. A situação aconteceu em um ônibus, que serve como camarim nas gravações externas de “Caminho das Índias“. A camareira cuidava de Letícia Sabatella quando Christiane entrou e, irritada, disse: ”Sai, sai, sai! Que raça, ô raça!“ A situação só não ficou pior porque Sabatella interferiu e pediu à camareira que mantivesse a calma.
Fátima, então, foi ao RH para reclamar da atriz. Até agora, ninguém na Globo sabe a que ”raça“ Christiane referia-se: à raça negra (a cor da pele da camareira), à sua classe social ou categoria profissional.
É sabido na Globo que Christiane não permite que ninguém toque nas roupas de suas personagens, nem mesmo quando elas estão no cabide. Christiane também não bebe a água do Projac (ela leva de casa).
fonte:extra.globo
Como é que alguem pose ler o Mainardi?
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