terça-feira, 8 de junho de 2010

A mídia sabia do dossiê desde 1998

Chega a ser ingênua a chamada na primeira página do Globo de hoje:



Que dossiê? Não há mais como brigar com os fatos, o "suposto dossiê" é a apuração do repórter Amaury Ribeiro Jr, que inclusive trabalhou no Globo. O jornal não sabia que Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro de Serra e FHC, recebia e distribuía propinas dos contratos de privatização?

Impossível. Tomando apenas a revista Veja como exemplo, basta uma pesquisa simples no Google para constatarmos que de 1998 a 2002 imensas irregularidades e crimes do tucanato foram noticiadas. Por que o dinheiro nunca foi seguido? Por que pararam as reportagens? O que faltou? Repórteres? Como explicar se o próprio Amaury trabalhou para essa mídia?

Estas são as perguntas inevitáveis para o momento. Na hora que tentam confundir um fato com uma cortina de fumaça, fica clara a atitude de um criminoso que deseja alterar a cena do crime.

A mídia e o tucanato devem ao país e à Justiça uma explicação.

10 comentários:

Adriano Matos disse...

Jurandir, me responda se puder. A respeito da entrevista de Amaury Ribeiro à fSP (http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/amaury-ribeiro-jr-tem-fogo-amigo-dos-dois-lados.html) justificando o encontro com Onézimo Sousa, Amaury diz:

"Na verdade se fala muito em espionagem, mas o que aconteceu é que roubaram coisas. Roubaram o cartão do próprio delegado. Eu fui chamado exatamente para tentar ver o que estava acontecendo na casa, o que estava vazando na casa."

É o cartão do ex-delegado Onézimo a que ele se refere, o que implica que ele frequentava o comitê de pré-campanha da Dilma? Em caso afirmativo, qual objetivo? prá que tinha sido contratado?

Não entendi também a participação de Amaury no encontro do PT com o ex-delegado Onézimo. Ele é contratado pelo comitê da Dilma?

Abraços.

alex disse...

RECADO DO PSDB PAULISTA PARA AÉCIO

"Dragão tatuado no braço"


por Dora Kramer - O Estado de S.Paulo - 08/6


A tensão que assola o ambiente na campanha presidencial da oposição não se deve à procura de um candidato, ou candidata, a vice de José Serra. Isso é, no máximo, um problema. Bem como é um transtorno a perda da dianteira folgada transformada em empate nas pesquisas com a adversária Dilma Rousseff. Tudo isso é do jogo. Preocupa, mas não é suficiente para abalar os nervos de gente habitualmente fleumática, acostumada a disputar eleições.

O que desnorteia o PSDB são os movimentos e os objetivos do ex-governador Aécio Neves. O que anda acontecendo no meio dos tucanos é uma crise de confiança. Não obstante os desmentidos, disfarces e tentativas de identificar "mensageiros ocultos" por trás dessa notícia que virão a seguir, não há outra maneira de definir a situação.

E como se obtém esse tipo de certeza? Ao menos aqui nessa seara não é atendendo à solicitação de alguém interessado em envolver outrem (no caso, Aécio Neves) em intrigas partidárias ou reproduzindo "informação" de um desafeto que relata sua versão dos fatos com intuito de criar constrangimento ao personagem que procura atingir.

A certeza de que Aécio Neves é alvo de aguda desconfiança do núcleo de coordenação de campanha resulta da soma de conversas, reações, avaliações, fatos presentes e passados. Não de quaisquer conversas. A base é que sejam fundamentadas em gente com acesso às decisões e que não tenham por Aécio um mínimo resquício de antipatia. Do contrário a premissa será falsa e a conclusão estará errada.

Onde hoje o mineiro provoca o mais forte desapontamento é exatamente onde todo tempo residiu a ideia de que todo e qualquer movimento dele deveria ser respeitado e reconhecido pelo conjunto do partido como forma legítima de se afirmar politicamente no cenário nacional. Sob a seguinte lógica: o que é bom para Aécio acabará sendo bom para o PSDB.

Aí se incluem cordialidades político-eleitorais com Lula em 2006 ao tempo do voto "lulécio"; visitas no ano de 2007 ao PMDB para fotos enquanto grassavam versões (sempre desmentidas e depois retomadas) sobre possíveis filiações ao partido; aliança em 2008 com o petista Fernando Pimentel na eleição da Prefeitura de Belo Horizonte e fazer um "laboratório" para lançar Pimentel ao governo de Minas em 2010 com o apoio de Aécio; demonstrações de apreço político a Ciro Gomes, inimigo assumido daquele que viria a representar o partido na eleição presidencial.

A partir do fim da eleição municipal, iniciou-se o jogo da candidatura presidencial paralelamente ao da candidatura a vice. Aécio defendia as prévias internas, mas não fazia movimentos efetivos para que elas concretizassem.

Em setembro de 2009 Aécio chegou a combinar com a direção do PSDB que tiraria uma licença do governo para viajar pelo País a fim de "trabalhar" os diretórios, mas do anúncio não evoluiu à prática.

Em dezembro desistiu da candidatura, assegurou que não seria vice. Por três vezes negou peremptoriamente, mas sempre por iniciativa de alguém de seu grupo o assunto renasceu inúmeras vezes.
Com isso, o processo de escolha atrasou, se desgastou e hoje a quantidade de nomes postos e retirados da cena dá a impressão de que todos correm da missão como de uma doença contagiosa.
Muito bem. Se o núcleo de decisão do PSDB desconfia de que foi vítima das artimanhas de Aécio, por que não encerrou o assunto antes e tocou o processo sem ele? (continua)

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100608/not_imp563093,0.php

alex disse...

JURANDIR ...
Pois olha o sono que dá essa mídiaPIG.

Ninguém guenta meu! Nem o Zeca do Fantástico!!!

Pois nem jornalista da Globo aguenta mais a Globo… Dá um sono!!!


http://www.youtube.com/watch?v=AIj5V-Xny0I&feature=player_embedded

Jurandir Paulo disse...

Adriano, eu não tenho as respostas.
É um terreno fácil para especulações. Parece realmente que o delegado já havia se encontrado com o grupo, quando seu cartão sumiu, é o que está escrito. Difícil ficar só com a pequena entrevista, que teve trechos cortados. Quanto ao Amaury, segundo ele, foi prestar uma ajuda. Bate com o que eu sei. Ele sempre teve boas e variadas fontes, inclusive na PF. Esta deve ter sido sua ajuda. Fazer uma ponte para um socorro de contra-espionagem. Terreno complicado, com muita trairagem. É meu palpite. Mas seria uma ótima contratação para a campanha de Dilma. É repórter seríssimo, fuçador, que tem um baú de conhecimentos sobre a república. E sei que uma enorme frustração. Em poucos lugares que trabalhou pode fazer o que sabe: reportagem investigativa. Parece que encontrou um caminho.

Adriano Matos disse...

Jurandir, o cartão do delegado que sumiu era cartão de visitas que Onezimo Sousa apresentou no encontro no Fritz. (http://www.viomundo.com.br/politica/leandro-fortes-na-pista-do-factoide.html). O delegado não frequentou o comitê de pré-campanha, ao que parece.

Jurandir Paulo disse...

Pois é, Adriano. A história começa a ficar mais clara. E há acusações seríssimas, como a de terem roubado parte do livro do Amaury. Parece que foi por conta do conteúdo que reagiram. Se provada a espionagem, fica comprometida a campanha de Serra e a Veja. Caso para parar na Justiça.

Há um clima de silêncio antes da batalha. Depois da Copa vai voar pena pra todo o lado.

Jose Silva disse...

Pq Amaury Ribeiro Jr ainda não publicou seu livro esgoto "nos porões da privataria" no período de 2001, já que dispunha de todo material.

"Elementar, Meu Caro Watson "

202 Lula ganhou a eleição, publicar o livro esgoto não teria nenhuma repercusão pq tucanos não estavam mais no poder.

Posteriormente lula ganhou novamente, jogando água fria nos planos de Amaury em ganhar dinheiro na vendagem do livro esgoto, pois com os tucanos fora do poder não teria lógica em publica-lo.

Agora, com as pesquisas indicando Dilma como favorita ao palácio do planalto,Amaury Ribeiro Jr está desesperado pq na cabeça de Amaury, Dilma tb pode ser reeleita e a tão $onhada publicação do livro esgoto viria só daqui 8 anos.

Pela lógica, Amaury sonha dessesperadamente na vitória de Serra, enfim ganhar um prêmio com a publicação do livro esgoto.

Jurandir Paulo disse...

Caro José, você é péssimo em lógica. Nada faz sentido. Amaury tem recursos de família, não precisa do dinheiro de um livro, que você deveria saber, não é a melhor forma de fazer dinheiro. Pensa mais um pouco e traga uma melhor tese.

José Silva disse...

Uai Jurandir Paulo? "recursos de família"???

Jose Silva disse...

Tá bom Jurandir Paulo! Amaury com seu livro vai desafiar gente poderosa a troco de nada?.Há! talvez ele publique em nome da "moral e os bons costumes".