domingo, 9 de dezembro de 2007

Altas críticas

Vaiei minuto de silêncio, na Convergência Socialista. Aplaudi a queda do stalinismo lá no leste europeu - Morreu! Morreu! Fiz rimas pobres como esta. Minei maiorias. Marquei posições. Saí da sala para quebrar o quorum mínimo.

E mudei. Li. Li mais, cresci, tentei ouvir. E ouvi. E como não sou estúpida, nem criança, sei mudar de opinião. E se me dão licença, posso criticar, a partir do lugar de onde já estive.
Não dá. Tipo, (me permitam o vício de linguagem), não dá para nossos troscos apoiar o Não na Venezuela da maneira que apoiaram. Até porque algo que nos define são nossos aliados.

Eu ouvia, há décadas atrás, que Trotsky não seria trotskista. Taí. Hoje, fecho com essa posição.

Um comentário:

Jurandir Paulo disse...

Pois é, Kelly, sempre fiquei besta com as opiniões e atitudes da área troska. Lembro da Libelu, lá nos anos 80, um grupelho mauricete que só fazia escárnio em hora errada. Numa assembléia séria, para se tirar ação contra a ditadura, o nome de Honestino Guimarães, estudante morto sob tortura pelos militares, sempre que citado era seguido pelo irônico coro dos moderninhos: “Honestino já morreu, quem manda aqui agora sou eu”. E das várias idéias bisonhas que vi, de longe a mais excêntrica, era a dos posadistas. Eles misturavam conceitos de Trostky com discos voadores, apostando numa revolução intergaláctica. O velho Leon já deve ter se retorcido na tumba várias vezes.